Uma palavra

Quando os homens redescobrirem os parâmetros antagônicos dos vocábulos e antes que seus sentimentos alterem a verdadeira razão de um contexto, tragam-me uma palavra nova. Uma palavra ainda não existente nos dicionários, mas rica em significados, dessa que me surpreenda, que me conduza ao Universo do Novo, de maneira a despertar as minhas esperanças adormecidas pela tardia.

Eu preciso, eu necessito, eu quero ouvir algo que não logre, a ser, contudo, logânime em toda a sua estrutura. Seja ela um substantivo, um adjetivo ou um verbo; com prefixo ou sufixo. Não importa a raiz, contanto que seja abrangente, verdadeiramente capaz de consolidar a harmonia entre os homens.

Tragam-me uma palavra boa, assim designada:

  • doce como o sorriso de uma criança;
  • tenaz como as palavras de Marx;
  • tão sonora quanto o Big Bang.
Cansei de ouvir vocábulos mascarados por outro sentidos, proferidos do nosso EGO ou por estar na moda.
Será que a razão perdeu a emoção, e o amor se vestiu da dor? São por essas e por outras palavras é que anseio ouvir o mais sublime manifesto sonoro e verossímil.
E se me perguntarem por que eu mesmo não a crio, eu lhes responderei:
- A palavra está dentro de cada um de nós, presa em nossos corações. E para libertá-la é necessário moldá-la, para depois experimentar com eloquência e precisão a grande descoberta, a descoberta de uma nova força verbal, em suma, uma palavra que se faça exprimir nossos verdadeiros ¨EUS¨.

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